Quem produz os conhecimentos que circulam? Uma análise feminista e decolonial das revistas brasileiras sobre movimentos sociais
Resumo
O artigo apresenta duas frentes de análise. Uma é entender se, e de que maneira os movimentos sociais aparecem enquanto produtores de conhecimento. A outra é compreender de que maneira o gênero e a nacionalidade estão distribuídos entre autoria e referência bibliográfica dos objetos aqui analisados. Para entender como essas relações operam no circuito nacional o artigo conta com a análise de três revistas acadêmicas brasileiras sobre movimentos sociais. Esse recorte se justifica pelo fato de os periódicos serem meios legítimos de fácil acesso e publicização de conhecimentos. O objetivo é categorizar as/os autoras/es dos artigos, bem como as referências bibliográficas utilizadas, de acordo com seu gênero e nacionalidade e também o tipo de material utilizado como referência. Em termos de análise teórica baseio-me nas autoras feministas (e) decoloniais por propiciarem reflexões que consideram as dinâmicas de gênero e nacionalidade enquanto eixos centrais da análise sociológica. Como resultado identifiquei que, de maneira geral, as publicações de autoria de movimentos sociais são mínimas, contando com a maior participação de autores homens. No entanto, ao fazer uma análise em termos de gênero e nacionalidade, as dinâmicas são alteradas, de modo que mais mulheres brasileiras são referenciadas, evidenciando as nuances que são intrínsecas às relações de gênero e nacionalidade.
Palavras-chaves: Feminismo Decolonial, Movimentos Sociais, Produção e Circulação de conhecimento.
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