A relação entre ciência e ideologia em tempos de hegemonia financeira: as biotecnociências e o mercado das promessas
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2019.55.2.08Resumo
A partir da necessidade de entender a sistemática presença, nos mais distintos meios de divulgação científica, da compreensão do ser humano como um ser ontologicamente igual aos outros animais, sobretudo, em razão de suas características biológicas moleculares, tal como as genéticas; este trabalho busca colocar em cena uma abordagem teórica crítica acerca do modo como a construção social das biotecnociências e dos discursos científicos que as embasam se encontram enviesados por subordinações ao mercado financeiro, fazendo com que, na sociedade contemporânea, as relações sociais entre ciência e ideologia sejam ressignificadas. Neste sentido, através de uma revisão bibliográfica da literatura especializada e da análise de discurso de personagens centrais do campo tecnocientífico em questão, defendemos como argumento central que o desenvolvimento da economia em torno das biotecnociências e, subjacente a ela, a emergência de um “mercado de promessas”, fez com que os discursos científicos passassem a funcionar ideologicamente como veículos de acumulação de capital.
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