Racionalidade(s) dos sojicultores familiares do Sudoeste Paranaense

Autores

  • Angelita Bazotti Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - IPARDES Pós Graduação em Desenvolvimento Rural - PGDR/UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2018.54.2.13

Resumo

Os cálculos de custo de produção indicam que a viabilidade econômica da soja é maior em áreas mais extensas, onde os ganhos de escala são maiores. Entretanto, agricultores familiares persistem nessa atividade produtiva há gerações, desafiando a lógica puramente econômica da eficiência produtiva e da lucratividade. Diante disso, o objetivo geral deste artigo é compreender as racionalidades, motivações e estratégias dos agricultores familiares envolvidas na produção de soja, tendo como referência empírica a pesquisa de campo realizada no município de Capanema, situado na mesorregião do sudoeste paranaense. As evidências assim coletadas revelam um conjunto de fatores endógenos relacionados com a cultura da população rural daquela região, a detenção de um saber fazer sobre a sojicultura, a tradição e as possibilidades proporcionadas pelas características edafoclimáticas favoráveis à exploração daquela cultura. As diferentes combinações desses fatores explicam as razões e o modo como os sojicultores familiares constroem suas racionalidades para se viabilizarem na produção e permanecerem como agricultores, mesmo em meio às dificuldades inerentes à produção de soja.

Palavras-chave: agricultura familiar, racionalidade, soja.

Biografia do Autor

Angelita Bazotti, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - IPARDES Pós Graduação em Desenvolvimento Rural - PGDR/UFRGS

Socióloga, Mestre em Sociologia (UFPR) e Doutora em Desenvolvimento Rural (UFRGS). Pesquisadora do Núcleo de Avaliação e Monitoramento de Políticas Públicas do IPARDES.

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Publicado

2018-09-28

Edição

Seção

Artigos