A indústria cultural brasileira na formulação de Renato Ortiz
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2018.54.2.01Resumo
O artigo retoma e interpreta a reflexão de Renato Ortiz sobre a indústria cultural no Brasil. A hipótese proposta por ele se tornou referência para outros autores e passou a fazer parte de um saber consolidado comum, que nem sempre explicita sua origem na obra de Ortiz. Segundo ele, a indústria cultural só amadureceu na sociedade brasileira nos anos de 1960 e 1970, sob a ditadura militar, quando o mercado de bens culturais atingiu um patamar elevado em volume e dimensão, com o desenvolvimento expressivo da indústria televisiva, fonográfica, cinematográfica, editorial e outras, além de agências de publicidade e toda sorte de negócios dos meios de comunicação de massa, geridos cada vez mais conforme padrões internacionais de racionalidade empresarial, com apoio direto ou indireto do Estado. Para o autor, o amadurecimento da indústria cultural gerou uma “moderna tradição brasileira”, que incorporou ideologicamente as formulações utópicas nacionais e populares para construir um “internacional popular” que venderia os produtos culturais brasileiros também no mercado externo. O popular seria agora entendido correntemente como aquilo que tem mais aceitação de mercado pelo grande público, e o nacional, concebido como espaço de consumo interno e atributo para a venda mundial de produtos culturais brasileiros, como as telenovelas.
Palavras-chave: cultura brasileira, indústria cultural, modernidade.
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