A memória dos militantes gráficos do Rio de Janeiro sobre o golpe civil-militar de 1964

Autores

  • Cristiane Muniz Thiago Universidade Federal do Maranhão - UFMA

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2011.47.3.09

Resumo

Este texto discutirá as disputas em torno da memória de um dos episódios mais marcantes da história recente do país, o golpe civil-militar de 1964. Nossa investigação privilegia um grupo de militantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas do Município do Rio de Janeiro e as construções feitas por esses personagens sobre acontecimentos que culminaram no golpe de 1964. A construção e reconstrução da memória desse período e sua relação com as questões políticas mais proeminentes do grupo serão debatidas neste texto. Nossa análise terá como objeto entrevistas com velhos militantes e periódicos da categoria. Concluímos que diante de uma iminente crise político-institucional, deflagrada com o golpe de 1964, os elementos que sustentam a construção identitária da categoria são acionados e negociados. Essa memória, que é parte de uma experiência histórica do grupo, é também reconstruída no presente para legitimar ou questionar o papel dos atores sociais que ainda ocupam espaços de destaque na categoria.

Palavras-chave: memória, sindicalistas gráficos, golpe civil-militar de 1964.

Biografia do Autor

Cristiane Muniz Thiago, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Possui Graduação em História (2004) e Mestrado em Memória Social (2007) pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO e Doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Social do Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: trabalho, história oral, memória, movimento operário e sindicalismo. Professora de História do curso de Ciências Humanas da Universidade Federal do Maranhão.

Downloads

Publicado

2011-10-09

Edição

Seção

Dossiê: Memória e Sociedade