A criatividade como um habitus regionalizado no campo artístico bourdieusiano
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2017.53.3.08Resumo
O campo artístico é delimitado por um discurso que impõe formas de interpretar, consagrar e produzir arte conforme as regras que foram impostas. Essa imposição é questionada, pois não está explícito quem detém o poder de autorizar ou nomear o que é arte. Os produtores de arte estão submissos a um campo de força delimitado por meio de um discurso regionalista do campo artístico. Torna-se necessário um dispositivo na forma de habitus para que a criação artística fora dos limites da região dominante tenha força suficiente de transformação por meio de seu fator de distinção. Esse dispositivo de distinção é a criatividade. Como resposta às censuras impostas à ação criativa por meio de discursos regionalistas dominantes, este artigo foi desenvolvido com o objetivo de defender a criatividade como um habitus do campo artístico. Para tanto, fez-se uso das teorias de Pierre Bourdieu sobre campo (e, mais especificamente, o artístico), poder simbólico, região e habitus. Concluiu-se que a teoria de habitus representa o lado oculto do mercado dos bens artísticos; que as lutas por um espaço no campo artístico são guerrilhas estabelecidas entre os próprios artistas que buscam identidade e liberdade no campo e; que a criatividade como um habitus possui diversos desafios no campo artístico, principalmente quando delimitado por um discurso.
Palavras-chave: arte, criatividade, Bourdieu, campo artístico, poder simbólico, habitus, região.
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