Mobilização para além das fronteiras: semelhanças transnacionais dos movimentos sociais de origem virtual pelo mundo
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2015.51.3.12Resumo
Em junho de 2013, o movimento social iniciado em São Paulo ganhou as ruas, com manifestações públicas em várias cidades pelo país. O que começou como revolta pelo aumento das tarifas do transporte público culminou com a rejeição de projetos de emenda constitucional, votação de projetos de lei, e promessas de mudanças em setores críticos, como saúde e educação. Milhões de pessoas aderiram ao movimento através das redes sociais, divulgando os eventos, as ideias defendidas, conclamando amigos a aderir e participar. Estes movimentos não são originalidade brasileira, repetindo movimentos similares em outros países. Todos têm dinâmica semelhante, ao usar a internet, em especial redes sociais como o Facebook, para divulgar as mobilizações e convidar mais pessoas a participar, apesar das intrínsecas diferenças de reivindicações. Se, por um lado, a globalização serve à ampliação e ao fortalecimento do capitalismo contemporâneo, por outro, possibilita a mobilização popular em âmbito global. Há o surgimento de uma política transnacional de representação. Dado este contexto, tem-se como principal objetivo do estudo analisar como as relações entre cidadãos foram travadas nas redes virtuais e extrapolaram o virtual, para interferir diretamente no mundo real. Metodologicamente, faz-se a análise das notícias divulgadas à época tanto das mobilizações como das reações e respostas dos poderes constituídos, comparativamente ao ocorrido em outros países com movimentos similares em suas dinâmicas, traçando um paralelo entre eles. A partir desta análise, propõem-se hipóteses que expliquem o fenômeno, sinalizando para possíveis desdobramentos nas teorias dos movimentos sociais.
Palavras-chave: movimentos sociais, internet, política transnacional.
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