Ensino remoto em tempos de pandemia: reflexões a partir dos estudantes de Ciências Sociais em Marabá-PA
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2021.57.1.01Palavras-chave:
Amazônia, Ensino remoto, Exclusão socialResumo
Este artigo tem o propósito de refletir sobre as condições de acesso e permanência dos discentes da Faculdade de Ciências Sociais do Araguaia-Tocantins (Facsat), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em participar do semestre letivo na modalidade remota (à distância), a partir de setembro de 2020, com a aprovação da Resolução nº 500, estabelecendo normas para o Período Letivo Emergencial (PLE), orientadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS): as medidas sanitárias estabelecidas para reduzir as taxas de transmissão do novo Coronavírus. Nossa reflexão parte da pesquisa em ciberespaços (Rifiotis, 2016; Miller e Slater, 2004) realizada com os discentes da Facsat, no período de 29 de junho a 15 de julho de 2020, por meio de questionário eletrônico na plataforma Google. Como aporte teórico-metodológico este artigo se insere na interface entre pesquisa quantitativa e qualitativa (Richardson, 1989; Sanchis, 1997), com ênfase na relação entre ensino e saúde pública (Biehl, 2011; Santos, 2020; Segata, 2020), considerando as particularidades do contexto regional (Hébette, 1991; 2004; Martins, 1980; 2009). A pesquisa evidenciou as condições limitadas de acesso dos estudantes a equipamentos eletrônicos adequados, redes de dados disponíveis e estrutura física básica para estudos, que se impõem como barreiras à sua participação em aulas na modalidade remota, nos alertando de que a universidade não poderia desconsiderar a realidade desses discentes sob pena de contribuir para aprofundar a exclusão social, como indicado ao longo do texto.
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