Crise global e a necropolítica do governo Bolsonaro em tempos de pandemia
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a conjuntura de crise do capitalismo global e a resposta do Estado brasileiro para salvaguardar os interesses contraditórios do capital e do trabalho em tempos de pandemia. Está embasado teoricamente nas concepções de crise estrutural em Poulantzas (1977), sobre as crises do capitalismo em Harvey (2011), acerca da crise global em Farias (2015) em contraposição às teorias sobre a crise do neoliberalismo de Duménil e Lévy (2014); e na estratégia política de saída da crise a partir da biopolítica de Foucault (2010) e da necropolítica de Mbembe (2020). As medidas econômicas tomadas pelo governo Bolsonaro para minimizar o impacto do Coronavírus no cotidiano das empresas e na vida das pessoas mostrou a faceta mais sombria do neoliberalismo tupiniquim; isto é, do necroliberalismo verde-e-amarelo nessa pandemia: a de que a força de trabalho que não (mais) produzir valor será descartada. O necroliberalismo da política macroeconômica é a expressão prática da necropolítica genocida do governo Bolsonaro em tempos de pandemia.
Palavras-chave: Crise global, Neoliberalismo, Necropolítica.
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