As artes de fazer cotidianas de trabalhadoras domésticas inseridas em micro dimensões organizativas da vida social

Autores

  • Juliana Cristina Teixeira Universidade Federal do Espírito Santo
  • Caroline Rodrigues Silva Fundação Getúlio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2020.56.2.08

Resumo

O objetivo principal deste artigo é o de conhecer os relatos das práticas (estratégias e táticas) cotidianas de trabalhadoras domésticas que representem suas artes de fazer. A expressão artes de fazer está presente em Certeau (1998), autor que nos traz, teoricamente, a possibilidade de apresentar um artigo que é dedicado a mulheres ordinárias. A pesquisa é qualitativa e envolveu, como corpus, a produção de discursos obtidos por meio de entrevistas com trabalhadoras domésticas que foram em partes abertas, e em partes semiestruturadas, buscando a apreensão de suas artes. A abordagem teórico-metodológica utilizada se refere à ACD (Análise Crítica do Discurso). Este artigo permitiu a abordagem de variados saberes cotidianos e ordinários que circulam entre as práticas das trabalhadoras domésticas dentro do que foi chamado de um saber maior: o saber gerir e participar da gestão de uma vida social organizada. Introduzindo a perspectiva da vida social organizada das trabalhadoras domésticas, referenciamos o estudo da vida social organizada, identificando as sujeitas estudadas como autoras de micropráticas que contribuem de forma direta para políticas organizativas importantes, por vezes ignoradas, na sociedade e nos estudos mainstream.

Palavras-chave: Cotidiano. Trabalhadoras domésticas. Vida organizada.

Biografia do Autor

Juliana Cristina Teixeira, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutora em Administração pelo CEPEAD/UFMG. Pesquisadora do Núcleo de Estudos Organizacionais e Sociedade – NEOS/UFMG. Professora Adjunta do Departamento de Administração do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da Universidade Federal do Espírito Santo (DADM/CCJE/UFES). Líder do Tema Diferenças e Desigualdades: articulando Raça-Etnia, Gênero, Sexualidade e Classe no mundo do Trabalho da divisão de EOR na ANPAD. Membro-fundadora da COMPA – Comunidade de Mulheres Pesquisadoras da Administração.

Caroline Rodrigues Silva, Fundação Getúlio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo

Doutoranda em Estudos Organizacionais pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas - SP. Mestre em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Espírito Santo. Graduada em Administração pela Universidade Federal de São João del-Rei. Pesquisadora do GEPO - Grupos de Estudos sobre Poder em Organizações da Universidade Federal do Espírito Santo.

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Publicado

2020-11-05

Edição

Seção

Artigos