Mediação social e agroecologia: trajetórias e desafios dos agentes do Núcleo Missões da Rede Ecovida de Agroecologia
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2019.55.2.09Resumo
O processo de modernização da base técnica da agricultura alterou significativamente a relação dos camponeses com sua forma tradicional de praticar agricultura. De indivíduos autônomos eles se tornaram subordinados aos conhecimentos cientificamente válidos que passaram a receber dos agrônomos. Ao longo das décadas de 1970 a 1990, os movimentos sociais e ambientalistas passaram a defender novas formas de praticar agricultura. No Sul do Brasil foi criada a Rede Ecovida de Agroecologia como espaço de discussão e articulação sobre agroecologia, pautando um novo modo de relacionamento entre agricultores e técnicos. Considerando esse contexto, o objetivo desse artigo é tratar da complexidade nas relações de mediação social envolvendo agricultores ecologistas, técnicos e dirigentes vinculados ao Núcleo Missões da Rede Ecovida de Agroecologia, localizado no noroeste do estado do Rio Grande do Sul. O tema revela sua pertinência devido ao grande número de técnicos e agrônomos formados em cursos cujas grades curriculares priorizam o estudo da prática da agricultura convencional. Os resultados do trabalho revelam que apesar dos mediadores realizarem esforços para reformular sua prática de trabalho e torná-la mais dialógica e participativa na interação com as famílias agricultoras ecologistas, existem assimetrias de poder entre os agentes devido aos capitais culturais, simbólicos, habitus e inserções sociais distintas na agricultura.Downloads
Publicado
2019-11-09
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Seção
Artigos
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