Mulheres trabalhadoras em uma fábrica recuperada: mudanças e permanências na organização e gestão do trabalho
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2018.54.3.07Resumo
A reestruturação produtiva nos anos 1990, no Brasil, obrigou muitos(as) trabalhadores(as) a buscar “novas” estratégias de trabalho para enfrentar o desemprego. Entre essas estratégias, o cooperativismo constituiu-se uma possibilidade para evitar a informalidade e garantir renda. Nesse contexto, várias fábricas foram recuperadas pelos(as) trabalhadores(as) e se transformaram em cooperativas. Neste artigo, buscamos analisar o trabalho e a vida cotidiana das mulheres trabalhadoras de uma cooperativa têxtil situada na região sul do Brasil. Teve como objetivo verificar as mudanças na gestão e organização do trabalho frente à situação anterior, como empresa regular, e como as mulheres se inseriram nesse processo. Foram realizadas entrevistas com 27 cooperadas, com idades entre 35 e 75 anos e levantados dados acerca do histórico da fábrica e do processo de transição. Verificamos que a mudança na forma de gestão pouco alterou as condições de trabalho e a vida pessoal e social das trabalhadoras. O fato de serem “proprietárias coletivas” dos meios de produção não lhes garantiu maior autonomia e liberdade no trabalho, ou qualquer alteração na divisão sexual do trabalho.
Palavras-chave: cooperativismo, condições de trabalho, mulheres trabalhadoras, divisão sexual do trabalho.
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