Imigrantes e desenvolvimento econômico nos espaços de origem. A imigração e o retorno de brasileiros da Itália

Autores

  • João Carlos Tedesco PPGH/UPF

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2018.54.3.01

Resumo

O estudo analisa aspectos da imigração brasileira na Itália, processos de retorno, de reemigração e de desenvolvimento. A questão central do artigo gira em torno das remessas financeiras e seus investimentos nos locais de origem dos fluxos; constatou-se que elas não são promotoras de processos sustentáveis de desenvolvimento econômico, e, sim, produzem bem-estar social e econômico para as famílias que as recebem, produzindo, inclusive, profundas diferenciações entre as que estão envolvidas e as que não estão acabando por ser promotoras de novos fluxos de saída. Pesquisou-se em alguns municípios do Sul do Brasil onde há maior fluxo de saída de emigrantes brasileiros para a Itália e Áustria, bem como em algumas províncias da Itália onde há maior presença de imigrantes brasileiros. Viu-se que não há processos de mediação, de assessorias, de crédito, de conhecimento mais elaborado nos locais de origem para utilizar esse recurso financeiro na promoção do desenvolvimento local/regional. Com isso, a intenção dos países receptores de imigrantes em tentar viabilizar, via remessas, a redução da emigração, acaba produzindo um efeito contrário.

Palavras-chave: imigração, remessas financeiras, desenvolvimento.

Biografia do Autor

João Carlos Tedesco, PPGH/UPF

Doutor em Ciências Sociais - Unicamp;

- professor de ciências sociais e no PPGH.

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Publicado

2018-12-30