Entre práticas e discursos: Gilberto Mendes, Willy Corrêa de Oliveira e o campo da música erudita brasileira pós 1980

Autores

  • Carla Delgado de Souza Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2017.53.3.07

Resumo

O objetivo deste artigo é entender como ocorreram certas mudanças no campo da música erudita brasileira a partir do final dos anos 1970, por meio do estudo das trajetórias de dois compositores brasileiros de renome: Gilberto Mendes e Willy Corrêa de Oliveira. Na pesquisa empreendida, percebi que houve, nesse momento, uma pulverização de lutas e movimentos estéticos tanto no Brasil como em todo o contexto euroamericano. Essas alterações nas lógicas de funcionamento do campo musical estiveram atreladas a mudanças de percepções de cunho político e estético por parte de alguns músicos, que começaram a se indagar acerca do papel social da arte que faziam. Neste artigo, analiso de que forma o discurso em prol de uma aproximação do universo popular de criação artística permeou o processo criativo desses compositores, em um movimento caracterizado pelo campo musical como “abertura estética” ou “pós-modernismo musical”. Assim, procuro demonstrar o processo que levou à dissolução de determinadas práticas e discursos dos atores sociais preponderantes da música de vanguarda no período entre 1960 e 1980 no Brasil.

Palavras-chave: música, vanguarda, modernidade.

Biografia do Autor

Carla Delgado de Souza, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Antropologia Social pela UNICAMP e professora adjunta do Departamento de Ciências Sociais da UEL/PR.

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Publicado

2017-11-16

Edição

Seção

Dossiê: Artes e criatividade: identidades e diferenças entre o local e o global