O cotidiano como utopia: novas relações de espaço e tempo no mundo da arte contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2017.53.3.05Resumo
Este artigo investiga a recorrência do termo utopia no mundo da arte contemporânea. A proliferação das relações colaborativas - através de coletivos de arte, residências artísticas, artivismos - e a consequente valorização dessas iniciativas por instituições é um fenômeno pulsante no mundo da arte atual. Neste trabalho irei discutir o discurso produzido por artistas, curadores e pensadores, para pensar se essas práticas artísticas podem funcionar como uma representação da maneira com a qual a cultura contemporânea vem estabelecendo sua relação com o tempo e o espaço. A hipótese que sustentarei é que vivemos em um cenário onde o mundo da arte vem valorizando experiências coletivas artísticas associadas a estética cotidiana, e posteriormente classificando isso como uma nova utopia. A arte produzida se coloca como a utopia do cotidiano, construída para o tempo do agora no espaço urbano. Sendo assim, o objetivo deste artigo é realizar um breve estudo teórico sobre a contemporaneidade que aponta para importantes mudanças na maneira pela qual os indivíduos se relacionam com a experiência cotidiana, com a narrativa e a memória, no intuito de compreender as recentes transformações no mundo da arte contemporânea.
Palavras-chave: arte contemporânea, cotidiano, utopia, coletivos de arte.
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