Economia criativa e resistência: o artesanato indígena no Estado do Rio de Janeiro

Autores

  • Diego Santos Vieira de Jesus ESPM-Rio

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2017.53.2.19

Resumo

O objetivo deste artigo é examinar os papéis socioeconômicos, políticos e culturais do artesanato para a população indígena que vive em terras homologadas no Rio de Janeiro e na capital do Estado. O argumento central aponta que o artesanato permite não apenas a geração de renda no contexto de desenvolvimento da economia criativa no Estado, mas a promoção de autoafirmação e resistência à marginalização dos indígenas em políticas públicas e leis estaduais e federais e à sua invisibilidade em movimentos sociais dos próprios artesãos. O artesanato pode conduzir a maior autonomia e desenvolvimento das comunidades indígenas, ao vincular os elementos estéticos, simbólicos e sociais do artesanato local à melhoria das condições políticas e socioeconômicas de vida das comunidades no contexto de estímulo a setores criativos em áreas do Estado do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, o artesanato oferece maior visibilidade à produção cultural de grupos sociais marginalizados, como os indígenas, alimentando as discussões potencialmente transformadoras sobre suas condições e posição secundária em políticas públicas e leis voltadas para o próprio artesanato, bem como nas organizações de artesãos.

Palavras-chave: economia criativa, artesanato indígena, Rio de Janeiro.

Biografia do Autor

Diego Santos Vieira de Jesus, ESPM-Rio

Doutor em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e professor e pesquisador do Programa de Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro (ESPM-Rio)

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Publicado

2017-10-27

Edição

Seção

Artigos