A diferença como política de resistência e de ressignificação da subjetividade feminina em campos de saberes masculinos
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2017.53.2.17Resumo
Este artigo analisa narrativas de docentes inseridas no contexto do ensino da teologia católica, em um espaço tradicionalmente masculino, estruturado como não inteligível para as mulheres. Objetiva-se evidenciar como as docentes, que atuam no campo do saber teológico, se constituem e se afirmam positivamente como sujeitos femininos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada na interpretação das narrativas de quatorze docentes, inseridas em três instituições católicas, localizadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Para analisar como as mulheres teólogas se tornam sujeitos em suas posições e em suas estratégias políticas, adotamos os pressupostos teóricos do feminismo e dos estudos de gênero e, especialmente, a noção de diferença sexual de Rosi Braidotti, como um dos campos epistemológicos das teorias feministas. O estudo mostra que as docentes desessencializam os conteúdos da diferença a partir de sua ação situada como estratégia política na produção de uma ética de si. Tal situação denota que a ressignificação da diferença sexual e da subjetividade de gênero, neste contexto, funciona de maneira positiva, ainda que permaneça marcada por uma estrutura simbólica, hierárquica, celibatária e masculina, na qual a diferença, frequentemente, segue sendo acionada como negativa e significada pelas essencializações referidas a competências menores em relação às mulheres.
Palavras-chave: diferença sexual, sujeitos femininos, instituições católicas.
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