Fazer-se multidão: multiplicidade, classe e comum

Autores

  • Bruno Tarin Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2017.53.2.02

Resumo

O presente artigo tem como tema central estudos sobre o conceito de multidão. Para embasar as análises e elaborações que atravessam esse conceito, inicia-se o artigo realizando uma breve reflexão sobre como a ideia de grandes agrupamentos ou de sujeito coletivo foi vista ao longo do tempo. Para tal, destacam-se os períodos da formação filosófica e da política dos Estados nacionais soberanos (século XVI) e o da formação daquelas que ficaram conhecidas como sociedades de massa (século XIX). Concluindo a primeira sessão deste artigo, reconhecemos a reemergência da multidão na virada do final do século XX para início do XXI, momento em que o debate sobre a multidão reaparece e os contornos extremamente negativos que a noção assumia majoritariamente nos períodos anteriores começam a ser progressivamente desmantelados. A multidão reemerge, assim, enquanto dispositivo capaz de se contrapor ao Império no seu fazer-se. Para nos relacionarmos com essa capacidade da multidão, analisam-se proposições teóricas pós-operaístas, em especial de Antonio Negri, percorrendo três principais trilhas: a multidão enquanto multiplicidade, enquanto classe e sua relação com o comum.

Palavras-chave: multidão, classe, comum.

Biografia do Autor

Bruno Tarin, Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2017-10-27

Edição

Seção

Dossiê: As redes depois dos levantes e na crise da globalização: a autonomia entre restauração e comum