“Fazer artesanato para fazer a roça”: práticas sociotécnicas na Comunidade Quilombola da Serra das Viúvas
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2014.50.3.10Resumo
O artigo aborda dinâmicas relacionadas a práticas sociotécnicas realizadas no contexto de uma comunidade autodeclarada remanescente de quilombo, da região da Serra das Viúvas, sertão alagoano. Tais práticas são abordadas a partir da inter-relação de diversas habilidades, técnicas, histórias e ações simbólicas de seres (humanos e não humanos) potencializadas por meio do “engajamento” da experiência prática e construídas na interação social. A análise dialoga com as proposições de Tim Ingold, em diversos contextos teóricos, e enfatiza a relação dos conceitos natureza-cultura como indissociável de um campo de interações que dizem respeito a formas específicas de ser, fazer e habitar o mundo. A ênfase da pesquisa etnográfica contextualiza as narrativas das mulheres que fundaram a Associação de Mulheres Artesãs Quilombolas (AMAQUI), na década de 1990. O estudo revela que a experiência dos saberes-fazeres dos grupos domésticos no seio da comunidade se configura por meio de práticas cotidianas que apontam a conhecimentos locais do ecossistema, mas que são permeadas por uma lógica própria de pertencimentos e reciprocidades que produzem sentidos sobre o território, numa situação histórica determinada.
Palavras-chave: natureza, cultura, práticas sociotécnicas.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Concedo a Revista Ciências Sociais Unisinos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista Ciências Sociais Unisinos acima explicitadas.