Ônibus 174: um olhar sobre a violência urbana e a exclusão social
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2011.47.2.06Resumo
Este artigo tem como objetivo fazer uma análise do filme Ônibus Linha 174 (José Padilha, 2002) como mais uma interpretação do episódio narrado e comentado por uma multiplicidade de textos. O gênero da película é o documentário, que foi produzido por José Padilha e Marcos Prado, com a direção do primeiro, fotografia a cargo de César Morais e Marcelo Guru e com edição de Felipe Lacerda. A fita tem como tema central a violência urbana, porém este artigo aborda outros temas, evitando a repetição daquilo que já foi dito por muitos – grandes especialistas e até o cidadão comum. Na verdade, esse filme – texto principal da minha pesquisa – transforma-se em um pretexto para dar um direcionamento à reflexão que me proponho realizar, uma vez que o foco motivador de minha análise é o protagonista das duas histórias paralelas narradas pelo filme: o jovem Sandro Rosa do Nascimento, que se transforma em uma figura arquetípica no contexto social das histórias, dos cenários e depoimentos mostrados por Padilha. Durante a discussão surge outro personagem importante para a análise que busco realizar – Sandra Mara Herzer (1962-1982) – uma jovem cuja trajetória de vida permite-me realizar um paralelo entre os dois visando à compreensão de como se deu a construção desses dois personagens, que denunciam um contexto grave e multiplicador de muitas outras histórias semelhantes às suas. É indiscutível que, embora ambos tenham alcançado visibilidade até mesmo internacional, há uma infinidade de sandros e sandras totalmente invisíveis, vivendo pelas ruas e instituições “cuidadoras” de menores, passando pelas mesmas etapas da ignóbil metamorfose que os levou ao desespero na cena final de suas curtas vidas.
Palavras-chave: educação e letramento, violência, exclusão, preconceito e visibilidade social, criminalidade e tragédia urbana.
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