A crítica pós-moderna: analítica da interação e da sociabilidade
Resumo
Na tentativa de abordar as múltiples dimensões da modernidade e os seus nexos com os debates teóricos contemporâneos, não se podem omitir as diferentes contribuições que trouxe a denominada crítica pós-moderna. O presente trabalho procura indagar a respeito destas contribuições, a partir daqueles elementos teóricos que se apresentam como herdeiros de uma tradição sociológica profundamente negligenciada na academia pela eventual hegemonia de perspectivas analíticas mais enraizadas no determinismo estrutural. A crítica pós-moderna, quando reformula questões de sociabilidade e de comportamento político e cultural e se nutre de um marco de análise onde conceitos como pluralidade, multiplicidade, fragmentação e relativismo adquirem importância, não faz mais que reintroduzir um legado teórico e uma aventura sociológica que nasce, por exemplo, com o “impressionismo sociológico” de Simmel, o pragmatismo de William James e os estudos psicossociais de Georg H. Mead. O que se pretende argumentar é que a crítica pós-moderna, em um determinado sentido, define-se como uma espécie de reutilização dos enfoques teóricos da interação social, navegando desde o pragmatismo filosófico e o ecletismo até a etnometodologia e os denominados “cultural studies”.
Palavras-chave: teoria social, crítica pós-moderna, sociabilidade, interação.Downloads
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