A bajulação das massas
DOI:
https://doi.org/10.4013/4889Resumo
Todas as filosofias sociais modernas capitulam frente aos problemas da horizontalidade e da verticalidade. Nem mesmo a sua existência pode ser tematizada e, quando é, provoca imediatamente as mais emocionadas reações. Manter-se no meio da massa tornou-se a regra fundamental das sociedades democráticas contemporâneas. O veredicto da horizontalidade não vale somente para os políticos, mas também para os teóricos da sociedade. Na medida em que estes aceitam seu novo papel, começam a ser fornecedores de discursos do “politicamente correto”. Segundo Sloterdijk, podemos distinguir discursos que bajulam a massa de outros que desprezam e até buscam ofendê-la. Para o autor, as lutas culturais na modernidade parecem se reduzir a uma disputa entre os ofensores e os bajuladores da sociedade massificada. Desde a filosofia política grega, perpassando a obra teórica de Tocqueville, Le Bon, Nietzsche, Ortega y Gasset e Heidegger, para ganhar uma curiosa atualização política com Lênin, Stalin, Hitler e outros, a massa bajulada apresenta-se no populismo latino-americano.
Palavras-chave: sociologia política, democracia, massa, ditadura.Downloads
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