Mídia e criminalidade: acertos e impasses no agenda-setting e no accoutability
DOI:
https://doi.org/10.4013/483Resumo
A emergência da TV como meio privilegiado de comunicação social, nos anos de 1960, coincidiu com o aumento dos índices de criminalidade no Ocidente. A TV não só mudou as regras do discurso político, mas também reduziu o senso de distanciamento que separava a classe média do crime. A hipótese levantada neste trabalho é a de que a mídia, especialmente a eletrônica, desempenha um papel relevante na formação do complexo de crime na modernidade tardia, ao explorar, dramatizar e reforçar uma nova experiência pública de profunda ressonância psicológica. Fazendo isso, a mídia, com a cultura popular e o ambiente construído, ajudaram a institucionalizar tal experiência, ao fornecerem ocasiões cotidianas de expressão das emoções de medo, fúria, ressentimento, vingança e fascínio que as experiências individuais de crime provocam. Tal institucionalização direcionou a atenção do público, não para o problema da criminalidade em si, menos ainda para seus índices oficiais, mas para suas representações.Palavras-chave: mídia, criminalidade, segurança pública.
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Publicado
2010-08-30
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Artigos
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