“Fazer o deserto florescer”: alterações climáticas numa sociedade de colonos

Autores

  • Bruno Costa Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2022.58.2.05

Palavras-chave:

alterações climáticas, deserto, Naqab, Palestina, Sionismo

Resumo

“Fazer o deserto florescer” é o axioma que sintetiza a dicotomia entre o deserto como um espaço vazio, marcado pela suposta ausência de vida, de humanidade e de razão, e o movimento sionista, que propõe ocupar esse vazio e preenchê-lo. Neste artigo, a relação entre o projeto colonial de povoamento sionista, o território da Palestina e a sua população será pensada a partir da análise do planeamento e do discurso, bem como das “práticas situadas” no espaço-tempo habitado do Naqab. Refiro-me a essas práticas –expressão material da relação entre as comunidades palestinianas-beduínas e o território– como uma forma de r/existir para lá do espaço-tempo colonial/moderno e dos seus vocabulários dominantes.

Biografia do Autor

Bruno Costa, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

Doutorando do Programa “Pós-Colonialismos e Cidadania Global” (financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia desde outubro de 2019 e com trabalho de campo realizado na Universidade de Birzeit, Palestina), coordenado pelo Centro de Estudos Sociais em parceria com a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

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Publicado

2023-02-17

Edição

Seção

Artigos