Os jornais diários da cidade de Cascavel (PR) e seus discursos sobre a prostituição feminina (1976-1990)

Autores

  • Fábio Lopes Alves Universidade Estadual do Oeste do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.4013/252

Resumo

O presente artigo tem como objeto as representações da prostituição feminina na imprensa periódica da cidade de Cascavel (PR). Os periódicos analisados são os jornais Hoje e O Paraná. Objetiva-se compreender como algumas mulheres, que não figuram nos anais do movimento feminista, não se destacam por possuir trajetória excepcional e exemplar às mocinhas, tão pouco, ocupam as colunas sociais da imprensa, são representadas por esses veículos de comunicação. Em face do exposto, esta discussão se encontra estruturada da seguinte forma: em um primeiro momento, estabelece-se um diálogo com Roger Chartier em busca do conceito de representação. Em seguida, aborda-se como a prostituição feminina foi representada pela imprensa escrita e destacam-se as matérias jornalísticas que aludiram para o risco de contágio social que as mulheres prostitutas ofereciam à sociedade, à medida que contraíam o vírus da AIDS e da sífilis. Ao final, interage-se com o filósofo Michel Foucault, a fim de perceber como ocorreu a disciplinarização dos corpos por intermédio do discurso jornalístico.

Palavras-chave: prostituição, imprensa, representação.

Biografia do Autor

Fábio Lopes Alves, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Mestre em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos e Professor Assistente na Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

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Publicado

2010-12-21