Patrícia Moreira contra “noventa milhões em ação”? Racismo e antirracismo no futebol brasileiro

Autores

  • Luciana Garcia Mello Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2021.57.2.02

Palavras-chave:

racismo, antirracismo, democracia racial, futebol

Resumo

Nos últimos anos multiplicam-se os ataques racistas a jogadores de futebol, o que parece indicar a banalização do racismo. Esse fenômeno sempre foi um tabu, dificultando a sua percepção enquanto problema social e, consequentemente, a definição de estratégias para combatê-lo. A partir de um episódio envolvendo o goleiro Aranha, esse artigo tem por objetivo refletir em que medida esses casos que tiram a ideia de democracia racial da zona de conforto têm potencial para promover o antirracismo. Utilizou-se como objeto de análise o discurso de dois atores envolvidos no fato em questão – o Grêmio Futebol Porto Alegrense e a torcedora Patrícia Moreira, que tinham por meta, respectivamente, promover o antirracismo no futebol e esquivar-se da acusação de racismo. É possível afirmar que o antirracismo esbarra na desqualificação do racismo e no reforço da ideologia da mistura e da indistinção racial.

Biografia do Autor

Luciana Garcia Mello, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora Doutora do departamento de sociologia da UFRGS e do Programa de Pós Graduação em Sociologia da UFRGS.

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Publicado

2021-10-13

Edição

Seção

Artigos